Sai Leandro Daiello, no cargo desde 2011, o primeiro ano de Dilma na presidência da República. Entra Fernando Segóvia, ex-superintendente da Polícia Federal no Maranhão entre 2007 e 2009, e ex-adido policial na África do Sul.
Daiello, afinado com a Lava Jato, saiu a pedido dele, que alegou cansaço. Estava sob pressão do governo para que saísse desde quando Michel Temer sucedeu Dilma em definitivo.
Segóvia entra a pedido do PMDB do Senado. Leia-se: Romero Jucá (RR), presidente do partido e líder do governo, e José Sarney (AP), ex-senador e ex-presidente da República.
Além deles, outros nomes importantes do governo trabalharam para que Segóvia substituísse Daiello – um deles, Eliseu Padilha (PMDB-RS), atual chefe da Casa Civil da presidência da República.
Em meados de setembro último, Sarney esteve com Temer e pediu por Segóvia. A família Sarney se relaciona bem com ele desde que o conheceu no Maranhão durante o governo Jackson Lago (PDT).
No fim da semana passada, Sarney e Jucá foram recebidos por Temer no Palácio do Jaburu e voltaram a cobrar a nomeação de Segóvia. Na ocasião, Temer lhes antecipou que a nomeação ocorreria nesta semana.
Segóvia fez parte da lista tríplice enviada pela Polícia Federal para escolha de Temer. Mas o favorito da lista, apoiado por Daiello e pela associação de delegados da Polícia Federal, era Rogério Galloro.
O PMDB ganhou um diretor-geral da Polícia Federal para chamar de seu.