Na tática de Nonato, governo já tem time para ganhar
Jornalista e dotado de experiências na gestão pública, Nonato Bandeira, atual chefe de Gabinete do Governo, se supera como analista e articulador político.
Por isso, no Frente a Frente, da TV Arapuan, instiguei-o ontem ao desafio de se despir da capa de dirigente partidário para tentar fazer um exercício de imaginação apenas e tão somente como observador de bom faro da cena paraibana. Se é que é possível esse desprendimento…
Ele tentou a partir de uma provocação feita pelo entrevistador: o Governo consegue vencer em 2018 sem dividir a Oposição (estratégia que vem sendo flagrantemente trabalhada)?
Traduzindo: Ricardo, que ganhou em 2010 com Cássio, e se reelegeu com Luciano Cartaxo (primeiro turno) e José Maranhão (segundo turno), pode eleger um candidato sem alianças com essas forças políticas?
Na visão de Nonato, a resposta é ‘sim’. Ele fundamenta seu raciocínio com base em dois pontos. O primeiro: a avaliação positiva do Governo. Segundo: houve compensação e equilíbrio de perdas com novas adesões.
Fala especificamente de partidos como o PR, de Wellington Roberto, o PTB, de Wilson Santiago, o seu próprio PPS, Avante, entre outras forças atualmente alojadas debaixo do largo guarda chuva da Granja Santana.
O conjunto dos 16 partidos, na ótica de Bandeira, garante um colchão político considerável capaz de amparar as pretensões do PSB, hoje em dia depositadas no secretário João Azevedo.
A grosso modo, é mais ou menos o seguinte. Novas peças são bem vindas ao campo, embora o Governo ache que, com o time que já tem, dá pra ganhar a Copa de 2018. Não foi isso, porém, que apontou a tabela final de 2016. Mas na visão tática do hábil Bandeira, cada campeonato tem sua própria história. Por isso, crê num final feliz.