As deputadas Estela Bezerra (PSB) e Eliza Virgínia (PSDB) têm visões distintas sobre o mundo e a política. Antagonistas, divergem, sobretudo, quando as questões de gênero entram no debate.
Mas, uma opinião comum uniu as duas no mesmo discurso: a recente polêmica em relação a política municipal de João Pessoa de cotas e incentivo de inserção de transexuais, travestis e transgêneros no mercado de trabalho.
Eliza caiu de pau por considerar a medida como inconstitucional, que fére os princípios de igualdade. Até pediu a cabeça do coordenador LGBT, Roberto Maia, da gestão.
Hoje, questionada sobre o tema, Estela se posicionou contra a necessidade de cotas para a comunidade LGBT. “O que o homossexual precisa é ser respeitado e ter os direitos civis”.
A socialista defende cotas para negros, estudantes do ensino público e para o ingresso de mulheres no parlamento, mas se diz contra cotas para gays e lésbicas.
“Eu não vejo intelectualmente nenhum tipo de desigualdade entre quem tem uma orientação sexual hétero e homossexual”, ressalta.
Enfim, uma convergência num ponto específico entre as rivais. A primeira vez ninguém esquece.