Nove em cada dez políticos paraibanos fazem a mesma pergunta, nas rodas de conversa. O prefeito Luciano Cartaxo terá coragem de se afastar da Prefeitura em abril para ficar apto a concorrer o Governo do Estado, em 2018?
A dúvida tem razão de ser. Não é equação simples renunciar o poder na principal cidade da Paraíba e segundo maior orçamento do Estado.
Ainda mais quando se tem na agulha um empréstimo de mais de U$ 100 bilhões, do BID, voltado para investimentos em planejamento e intervenções estratégicas ao futuro da cidade;
Acrescente-se à essa conta os mais de R$ 70 milhões para calçamentos e pavimentação de ruas dos bairros da Capital.
Dois exemplos de condições que levam qualquer gestor a querer ter para a posteridade a paternidade dos serviços e das obras.
Questiona-se se até abril haverá ‘liga’ suficiente entre o prefeito e seu vice, Manoel Júnior, capaz de oferecer segurança para operação de tamanho risco.
Pelo menos uma razão pode motivar Luciano a assumir os riscos, excetuando sua atual posição de vantagem em relação aos concorrentes.
A saída, por si só, simboliza um ato de coragem de quem acredita no próprio potencial e se dispõe a enfrentar uma dura travessia.
Coisa que fez lá atrás o então prefeito Ricardo Coutinho e lhe rendeu dois mandatos no mais alto posto na hierarquia política do Estado.
Noutras ocasiões, Luciano já mostrou que não hesita quando seu feeling aponta um caminho.
