Na Paraíba, o estopim do confronto está sempre pronto para queimar. A nova ‘polêmica’ em torno das obras da Perimetral Sul, em João Pessoa, está aí para incendiar. Aliás, para provar.
A notificação contra a empresa responsável pela obra, fruto de denúncia, logo se transformou numa crise institucional, com direito a coletiva do Governo e anúncio de retomada solene das obras com a ilustre presença do governador Ricardo Coutinho.
A Prefeitura assegura que horas depois revogou o embargo exarado pelos técnicos da Secretaria de Meio Ambiente por reconhecer a relevância da intervenção tocada pelo Estado. Postura pouco usual por estas bandas, quando se trata de gestores adversários, reconheça-se.
Erraram os fiscalizadores pelo exagero na punição, logo depois politicamente reconhecida como descabida pela gestão municipal e em tempo hábil de não causar prejuízos ao andamento da obra.
Espertamente, o Governo, que briga por uma briga, aproveitou o gancho para sambar em cima, sequer explicando o desmatamento ilegal feito pela empresa em terreno do município.
Bradou alto em coletiva e conseguiu empanar a demora de uma intervenção iniciada desde agosto de 2013, com recente prometida entrega em junho deste ano, mas que ainda se arrasta apesar da elevação do seu orçamento de R$ 6,5 milhões, no início, para atuais R$ 20 milhões.
O reconhecimento oficial da Prefeitura e o desembargo imediato não deram o assunto por encerrado e nem muito menos impedirá que o governador Ricardo Coutinho faça uma ‘solenidade’ no canteiro de obras, segunda-feira, para decretar a continuidade dos trabalhos.
Para quê a paz quando se vive da guerra?