Do bloco de Oposição que a eleição de 2016 pariu na Paraíba, o senador José Maranhão é o único que não fechou as vias de acesso com o Governo Ricardo Coutinho.
De meses para cá, o peemedebista baixou a guarda, recuou dos ataques ao governador, a quem chegou a historiar como protagonista de destratamento ao PMDB, e passou a afagar uma gestão que criticava.
Ao mesmo tempo, Maranhão também não queima as pontes com o grupo que integra.
Ele dialoga com o senador Cássio Cunha Lima, mantém relação amistosa com o prefeito Romero Rodrigues e tem aliados e indicações na gestão de Luciano Cartaxo.
Ontem, mesmo por exemplo, numa mesma entrevista o experiente político paraibano provou toda sua elasticidade.
Elogiou os esforços de Ricardo para administrar na crise, bem como mencionou que se não for candidato a governador vota em Luciano Cartaxo para governador.
No olhar mais ortodoxo, poderia se dizer que o senador está tendo posições dúbias ou até incoerentes.
Pode ser, mas quem da política da Paraíba tem moral para dar aula ou censurá-lo nesta matéria?
Maranhão deixa as portas abertas, porque lembra das experiências de eleições passadas, quando, longe das câmeras, todo mundo conversa com todo mundo na hora da sobrevivência.