Quem acompanhou as entrevistas do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, na passagem por João Pessoa, precisou ser informado pelos jornalistas que estava ouvindo ou vendo um petista.
Haddad não nega suas origens, defende o legado do partido na Presidência, mas tem discurso totalmente distinto da retórica renitente que reina hoje no PT.
Sereno e equilibrado, faz involuntariamente um contraponto de perfil. Enquanto Lula, por instituto de sobrevivência, opta pelo radicalismo, Haddad faz a autocrítica dos erros do partido e até consegue enxergar algo positivo na fatídica carta de Antônio Palocci.
Desprovido de revanchismo, Fernando elogiou, sem constrangimento, a postura e a carreira do governador Geraldo Alckmin, provável candidato do PSDB em 2018.
Uma linha que faz Haddad, plano B do partido, dialogar com setores com que o PT já não consegue sentar para conversar. E sequer ser recebido.
Esse é o tema do nosso comentário em vídeo: