Ninguém questiona o peso eleitoral do PMDB na Paraíba. A legenda detém forte capilaridade eleitoral em todo o Estado.
Para quem dúvida, é bom lembrar que sozinho, isolado e sem coligação, teve força para eleger três deputados federais, uma bancada na Assembleia e um senador.
Esse poder estará na balança da eleição de 2018. O seu líder, José Maranhão, joga o jogo quando não espera tempo ruim e já se lança na disputa.
Com um pé na Oposição e uma porta aberta no Governo, ele consegue duas coisas ao mesmo tempo: trava o crescimento de Luciano Cartaxo, na Oposição, e esconde João Azevedo, no bloco governista.
Um cenário que obriga os dois lados a paparicar o seu apoio e o PIB do PMDB. Maranhão empurrará essa condição até quando puder.
Mas em abril será forçado pela conjuntura a escolher o caminho da candidatura própria, de um eventual apoio ao PSB ou seguir marchando com a Oposição.
E um fator deve influenciar. A possibilidade de ascensão do partido ao comando da Prefeitura de João Pessoa, a segunda maior estrutura do Estado, com a hipótese, cada vez mais real, de afastamento do prefeito Luciano Cartaxo.
Faz alguma diferença para Maranhão? Faz para qualquer grupo político que está fora do poder há quase dez anos e tem a oportunidade de voltar a exercê-lo, sem precisar de um voto e nem muito menos passar pela travessia caudalosa de uma campanha.
O apelo da Prefeitura pode até não sensibilizar, no final, mas obrigará o PMDB pensar duas vezes na hora H.
