Vocês cansaram de ler, e eu também, que Antonio Palocci havia destruído Lula, certo? Pois é.
Vamos a uma série de dados da pesquisa CNT/MDA, que traz números sobre as eleições de 2018 e também sobre a popularidade do governo Temer. Se a eleição fosse hoje, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, ele mesmo!, seria eleito presidente da República. O petista chega na frente em todas as simulações de primeiro turno e venceria todos os seus potenciais adversários no segundo. A quem o homem deve ser grato por isso, apesar de tudo? Ora, a Rodrigo Janot e à direita de chiqueiro. Vamos irritar os estúpidos? Vamos! Ao juiz Sérgio Moro, o Dom Moro, também cabe parte da responsabilidade. Ah, sim: o levantamento foi feito entre os dias 13 e 16 de setembro. Palocci já havia posado de São Jorge de Bordel, no colo da 13ª Vara.
Quanto mais demonizado o petista for por motivos errados, melhor para Lula. Sim, claro!, ele pode ter a candidatura barrada pela Justiça. Os xucros e as xucras não veem a hora de que um tribunal faça por sua causa o que eles próprios não conseguem fazer pelos brasileiros. É claro que é um resultado trágico. Mas não é inesperado. Advirto para esse cenário de terra arrasada desde novembro do ano passado. De forma mais enfática, desde fevereiro. Eu alertava justamente para o renascimento do PT como opção eleitoral, e os porcos e as leitoas do pensamento me acusavam de, como é mesmo?, “desvio petista”. Ora, eles, que têm o desvio da asnice, que agora briguem com o povo.
Vejam os números da pesquisa espontânea, quando se pede que o eleitor cite ele mesmo um nome:
1º turno: Intenção de voto espontânea
Lula: 20,2%
Jair Bolsonaro: 10,9%
João Doria: 2,4%
Marina Silva: 1,5%
Geraldo Alckmin: 1,2%
Ciro Gomes: 1,2%
Álvaro Dias: 1,0%
Dilma Rousseff: 0,7%
Michel Temer: 0,4%
Aécio Neves: 0,3%
Outros: 2,0%
Branco/Nulo: 21,2%
Indecisos: 37,0%
Quer se preocupar um pouco mais? Pois não! Em fevereiro, Lula não estava ainda tão lascado no noticiário e na Justiça. O esperado por muita gente era que caísse nas intenções de voto, certo? Ele subiu no levantamento espontâneo: de 16,6% para 20,2%. Seu antípoda, Jair Bolsonaro (PSC), muito distante, também cresceu: de 6,5% para 10.9%. João Doria, do PSDB, doi de 0,3% para 2,4%.