Secretário de economia e finanças do Exército, o general Antonio Hamilton Mourão mandou às favas a lei e os regulamentos de sua Arma ao admitir na última sexta-feira, em palestra promovida pela maçonaria em Brasília, que “uma intervenção militar” poderá acontecer se o Judiciário “não solucionar o problema político”.
Fardado e à vontade, Mourão disse que poderá chegar um momento em que os militares terão que “impor isso” [ação militar] e que essa “imposição não será fácil”. Segundo ele, seus “companheiros” do Alto Comando do Exército avaliam que ainda não é o momento, mas que ela poderá ocorrer após “aproximações sucessivas”.
Militar na ativa, como é o caso de Mourão, não pode falar de assuntos políticos em público. É o que diz a lei. Quem fala em nome das Forças Armadas é o ministro da Defesa. Cada Arma tem seu comandante que fala por ela. O Poder Militar é subordinado ao Poder Civil. O presidente da República é o comandante das Forças Armadas.