Totalmente pacata, João Pessoa precisava, em meados do início do século passado, de um local que fosse ponto de referência para quem estava na região central e iria para a orla da Capital, área em forte crescimento já na época. Por conta disso o então prefeito da cidade Walfredo Guedes Pereira decidiu, junto à sua família, doar um terreno e construir o que hoje é a Praça da Independência.
Segundo o historiador José Octávio de Arruda Melo, a propriedade da família foi doada ao poder público para que fosse construída a praça. Como o ano era de 1922, a data sugeria uma lembrança bastante importante para o país, 100 anos de Independência do Brasil. Por conta disso, no centro do ‘parque’ foi erguido um obelisco, que simboliza a data.
“O prefeito construiu aquela praça com o sentido de expandir a cidade. Mas, muitos tentaram instalar obras e só não conseguiram por causa da visão de Walfredo, que por ser de um terreno da família Pereira, impôs uma clausula determinado que caso a destinação da praça, o terreno voltava para família”, relembra.
Praça da Independência – Foto: Bruno Lira
A fala do historiador se remete a tentativa, do próprio poder público, em querer instalar algumas obras bastantes conhecidas no local, dentre elas: Campo de Futebol José Américo e o Espaço Cultural, além de circos que costumavam passar por João Pessoa.
Coreto
Um dos locais que chama mais atenção de quem passa pela Praça da Independência é um coreto. Antes, o local servia como ponto de bonde, hoje abriga uma floricultura.
“O coreto foi construído durante a instalação da praça, que hoje tem finalidade de ser floricultura. Porém, ali já serviu para ser um ponto de bonde, das linhas Tambiá e Trincheiras”, conta o professor.
Revitalização
Em setembro de 2015 a Prefeitura de João Pessoa entregou as obras de revitalização do local. A proposta do poder público era de arborizar e trazer de volta as atenções dos pessoenses para Praça da Independência.
Avenida Dom Pedro I
Um fato curioso que chama a atenção é a intitulação de nomes das ruas que rodeiam o Centro da Capital – Pedro I, Pedro II e Princesa Isabel são algumas delas. A homenagem, segundo o professor, é à família colonial.
Foto: Bruno Lira
Recentemente a tentativa de trocar o nome da Princesa Isabel travou uma discussão, por isso José Octávio lamenta:
“As coisas passam, o Brasil é um país de memória curta, o pessoal não se lembra da história”
Wallison Bezerra – MaisPB
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