Aparentemente, a pré-candidatura do senador José Maranhão ao Governo do Estado abala as estruturas dos planos do prefeito Luciano Cartaxo para 2018.
Afinal, se decidir por se afastar, Luciano entrega de mão beijada a Prefeitura ao vice-prefeito Manoel Júnior e o PMDB herdaria o segundo maior bastão de poder da Paraíba.
Uma operação que pressupõe que o prefeito só disputaria o Governo respaldado pela aliança do PMDB, na troca implícita do apoio pelo generoso espaço.
Até aqui duas verdades: a lua-de-mel com o PMDB é um fator relevante no xadrez de Luciano e o lançamento de Maranhão um complicador.
Na articulação do prefeito, por incrível que pareça, o sentimento é outro.
Aliados próximos são da opinião de que os próximos seis meses são decisivos e que a campanha de Luciano, diferente dos concorrentes, tem período definido: daqui até abril.
É nesse prazo que todos os movimentos devem ser jogados em potência máxima. E isso inclui saber quais são as cartas de adversários e aliados.
Nesse aspecto, Maranhão já jogou seu jogo no tabuleiro e deu a Luciano chance e tempo para analisar, calcular e decidir o que fazer até lá.
Por isso, para o prefeito, é estratégico saber logo pensamento, articulação e discurso de integrantes da aliança PMDB/PSD/PSDB, incluindo as posições do senador Cássio Cunha Lima e do prefeito Romero Rodrigues.
Por dois motivos: para evitar surpresas depois de abril e saber distinguir, desde já, quem blefa e quem joga pra valer.