O governador Ricardo Coutinho teve ontem especial oportunidade de bater o martelo e acabar de uma vez por todas com as expectativas em torno de sua futura decisão sobre afastamento do Governo em abril de 2018 para disputar um mandato eletivo e o cargo de senador, por consequência.
Foi indagado pelo jornalista Wellington Farias, na entrevista que fizemos no Rádio Verdade, da Rede Arapuan de Rádios.
Farias foi claro na interrogação: o senhor sai ou fica no Governo?
Coutinho fez uma explanação, repetindo elementos já fartamente levantados, como a necessidade de impedir o retrocesso administrativo e a estratégia da continuação das mudanças, mas nenhuma palavra definitiva.
“Eu quero ficar”, alinhavou Ricardo, numa frase reveladora. Por enquanto, ele não profere a sentença: “Eu vou ficar”. O que seria um ponto final.
No que está correto pela distância do prazo final para uma posição concreta e porque não há como prever o que a conjuntura em abril apresentará ao xadrez.
Tal qual na vida, a política também é feita entre o que se quer e o que é pragmaticamente possível.
Ninguém duvida que Ricardo – cabo eleitoral respeitável e temido – deseja pessoalmente ficar até o fim, mas essa vontade íntima e convicção política dependem de situações e condições objetivas do futuro.
Muitas das quais podem estar fora do seu controle. Até lá, o governador vai administrando o seu desejo e tentando conciliar com a realidade.