Há um ano, o Congresso retirava, definitivamente, a presidente Dilma Rousseff do comando da Nação.
O discurso mais prevalente da época era a acusação de golpe e uma armação para boicotar a Lava Jato.
Um ano depois, os novos atores da cena nem conseguiram conter a Operação e nem muito menos se livrar dos seus tentáculos.
A cúpula do PMDB está toda enrolada, tal qual os dirigentes partidários do PT, tempos atrás.
O presidente Michel Temer fora denunciado, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, continua preso, depois de afastado, Renan Calheiros emparedado com inquéritos no STF e vários ministros arrolados em delações.
A diferença é que não só o PT e o PMDB, herdeiro do espólio do Governo após a queda de Dilma, estão no centro do furacão.
O PSDB e seus principais líderes também entraram na roda. De Aécio Neves ao ministro José Serra. O tucanato também está implicado.
Caiu por terra a acusação de direcionamento da Operação ao partido que detinha o poder central. Provou-se também que a corrupção no Brasil não tem uma cor exclusiva. Ela passeia por todo o sistema político.
Depois de 365 dias do impeachment, outra cristalina constatação. O Brasil quase todo rejeita o sucessor Michel Temer, mas, paradoxalmente, pouca gente tem saudade da antecessora.