Três movimentos políticos dos últimos meses são na verdade efeitos de uma carta posta na mesa.
Explico. Beneficiado pela reeleição e perspectiva de poder, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, atravessou a ponte do Sanhauá e palmilhou o Estado.
Uma estratégia que lhe deu impulso e atraiu olhares da classe política e do eleitorado pelo Interior afora.
Jogada rapidamente assimilada pelos caciques políticos paraibanos.
O prefeito Romero Rodrigues (PSDB), de Campina Grande, igualmente bem avaliado na cidade, entrou no circuito em percurso semelhante.
Rapidamente, passou a polarizar com Luciano na Oposição e os dois juntos a roubar a cena.
O Governo identificou o quadro e se apressou. Para dar uma satisfação ao PSB e deflagrar operação de contenção, lançou João Azevedo para segurar os espaços governistas.
Por último, o senador José Maranhão se imiscuiu no debate e chamou os holofotes também para si para não ser abatido de véspera, feito peru.
A aposta que Luciano, com muita habilidade, começou a jogar mexeu no campeonato e nas estratégias dos times em campo.
Atentos ao movimento do prefeito pessoense e sem perder tempo, cada qual agora se posiciona para não ser posicionado.