Como muitos da minha geração, não conheci de perto o trabalho, as ações e o legado de dom José Maria Pires, símbolo da Igreja Católica na Paraíba.
O testemunho de sua profícua e marcante passagem pela Arquidiocese paraibana serve de referência para o presente e posteridade.
São fartos os depoimentos e reconhecimento unânime da forma corajosa com a qual se portou diante das injustiças sociais, pela voz que levantou pelos indefesos e pelas brigas que comprou com os grandes em favor dos pequenos.
Era também um moderador, qualidade que lhe emprestou o dom de mediar conflitos, promover a paz e os consensos.
Num Brasil com tantas dores, injustiças e desvios, a conduta, o exemplo, a postura de homens devotados ao ofício do bem, tal qual dom José, são alento na multidão de maldades e egoísmo.
Dom Pelé, como era carinhosamente chamado, soube caminhar na vida e dar, como poucos, o sentido da existência: a arte de servir. Nesse campo, ele fez um gol na vida. Um placar de vitórias que a morte não vence.