Integrante da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima disse nesta segunda-feira (14) que “encontros fora da agenda não são ideais para a situação de nenhum funcionário público”
Ele se referia à reunião do presidente Michel Temer com a sucessora de Rodrigo Janot na PGR (Procuradoria-Geral da República), Raquel Dodge, que não constava na agenda presidencial.
Questionado a respeito do assunto em evento sobre compliance (atividades internas das empresas para evitar e detectar desvios) nesta segunda-feira (14), em São Paulo, o procurador citou a força-tarefa de Curitiba como exemplo e disse que recusou um encontro com Temer quando o peemedebista ainda era vice da ex-presidente Dilma Rousseff.
“Nós mesmos [procuradores do Ministério Público Federal em Curitiba], às vésperas do dia da votação do impeachment, fomos convidados a comparecer ao Palácio do Jaburu à noite e nos recusamos, porque entendíamos que não tínhamos nada a falar com o eventual futuro presidente do Brasil naquele momento”, disse Lima.