Nem tanto pelo peso, sem trocadilho, do suplente de deputado Aníbal Marcolino, que passou por certa dieta eleitoral ao ficar na quinta suplência de vereador na última eleição em João Pessoa.
Para a Oposição, a perda do passe do médico para uma articulação governista tem um significado simbólico a merecer uma autocrítica.
Quando esteve no Parlamento, Marcolino foi uma das vozes mais ácidas e contundentes contra o modelo Ricardo Coutinho de governar.
Seu regresso seria a promessa de ocupação de um notório vácuo na bancada, orfã de um perfil mais corrosivo de alguém com sangue no olho para incomodar e ser pedra no sapato.
O grupo oposicionista ensaiou várias vezes um movimento para devolver Aníbal à Assembleia. Mas nada prático.
O Governo, que de besta não tem nada, percebeu. Ao invés de ameaçar, foi lá e atirou no alvo.
Ao costurar espaço com a licença médica de Jullys Roberto, tirou da Oposição um inimigo histórico do front e vai ganhar, de quebra, um voto aliado.
Tal qual no futebol, na política também prevalece a lição. Quem não faz, leva.