No PSDB, o debate interno é um só na atualidade: o projeto interno do partido comporta Romero Rodrigues e Cássio Cunha Lima na mesma chapa?
O cenário imaginado seria Romero candidato a governador e Cássio ao Senado.
Romero acha que sim. Cássio tem certeza que não.
O prefeito acredita na força do partido e em composições para o segundo turno.
Pragmático, Cássio tem a conclusão: nenhum partido na Paraíba tem hegemonia política para tanto.
Nem mesmo o PSB do governador Ricardo Coutinho, com a estrutura da máquina e a caneta na mão.
No que está certo na leitura. Se a pretensão de almejar estes dois espaços for levada a cabo, a Oposição – que já vive arranhões – se esfacelaria.
Luciano Cartaxo e José Maranhão procurariam alternativas. E Ricardo Coutinho agradeceria.
O PSDB até tem condições de emplacar duas vagas, mas seria condenado a dificuldades para costurar uma aliança ampla, além de formar uma dupla altamente representativa de Campina, porém anêmica de ecletismo regional.
Campina é grande, mas sozinha não ganha eleição.
Legitima e inteligentemente, Romero está forçando a barra – no bom sentido – em defesa da credencial e primazia de sua legenda. Se os tucanos não defenderem seu valor, quem o fará?
Cássio está igualmente consciente disso, mas – como tem mais o que perder – bota logo os pratos na mesa.
No íntimo, os dois, portanto, enxergam a realidade posta, no entanto, têm formas diferentes de expressá-la.
Sem aliança, um dos dois morreria na praia. Ou os dois.