Repórter tem que ter alma e sede pela notícia. E quem é, é todo tempo. Especialmente, quando a cobertura lhe desafia.
A passagem da ex-presidente Dilma Rousseff pela Paraíba, sábado, não trouxe novidade.Na palestra, ela disse o de sempre.
O pouco de exclusividade só captou o jornalista com tino e ousadia para caçar a notícia.
Esse instinto raro e que faz toda diferença no jornalismo foi representado pelo meu colega de redação, Wallison Bezerra, um dos mais intrépidos e talentosos da nova geração na Paraíba.
Na descida de uma escadaria, ele percebeu a oportunidade e correu atrás de uma brecha pra falar com Dilma, já se despedindo do ambiente público.
Postou sua câmera e seu microfone e fez o que o bom repórter deve sempre fazer: perguntar. Arrancou de Dilma algumas palavras e recados. Um esforço que valeu à pena.
Não somente pelo conteúdo do que conseguiu extrair. Muito mais pelo gesto de ousadia e intrepidez. Qualidades essenciais do repórter que faz do desafio seu combustível.
No alvorecer dos seus 23 anos, Wallison Bezerra, com quem tenho orgulho de trabalhar, tomou cedo para si esta missão.