Quem reparar direito perceberá.
O grupo político do governador Ricardo Coutinho trabalha com duas teses.
Apesar da inclinação dele, espalhada aos quatro ventos, pelo desejo de ficar no cargo até o fim, a hipótese do afastamento ainda ressoa.
Isto porque, mesmo com a história do ‘fico’ na praça, setores governistas continuam defendendo a candidatura de Ricardo ao Senado.
Ou seja, se por um lado, Ricardo e alguns dos seus alimentam a alternativa de cumprimento integral do mandato, outra ala também formada por gente do círculo do governador externa outra saída.
E com um detalhe: sem ser desautorizada.
Tanto é assim que, nem mesmo a credibilidade de Ricardo, cujas declarações costumam funcionar como sentença, tem sido suficiente para dissipar interrogações sobre qual é, de fato, sua decisão.
Talvez porque seja esta a verdadeira estratégia: manter as duas portas abertas e só bater o martelo na hora certa e no prazo fatal.
Enquanto isto, se cava espaços em favor da candidatura do secretário João Azevedo. O Plano A.
Mas sem matar o Plano B. E ainda confundindo os adversários.