O Brasil é assim. Seus dirigentes máximos chafurdam com o dinheiro público, ou para financiar seus próprios projetos de poder ou para se locupletar mesmo, e debilitam as finanças da Nação.
Quando o paciente já está em vias de falência múltipla de órgãos, eles correm para uma tentativa de salvação de emergência.
Invariavelmente, só encontram um remédio: tirar mais sangue e condenar o moribundo ao sacrifício de pagar uma conta que não fez.
É o caso agora do empenho do Governo Michel Temer em convencer o Congresso da criação de um novo imposto ou aumento na já escorchante carga tributária.
A Fazenda de Henrique Meirelles vê nesta a única e última alternativa para o Governo conseguir fechar as contas e tapar um rombo de R$ 139 bilhões.
No passado, o Governo do PT tentou recriar a CPMF. A Oposição – parte que ajudou na criação do imposto sobre o cheque – felizmente barrou a proposta.
Agora, vem Temer com a mesma história, amparada em discursos de economistas.
Desde que assumiu, Michel não patrocinou nenhuma medida drástica, profunda e substancial reestruturação da pesada e ineficiente máquina pública brasileira.
Como se já fosse pouco conviver com um Governo com a moral afogada em escândalos, exatamente pelo mau uso do erário.
Somos um País que cobra uma alta fatura ao contribuinte e só devolve péssimos serviços.
Somos um Brasil que é pródigo em privilégios para uma casta do serviço público – Executivo, Legislativo e Judiciário.
Por que, na hora do arrocho, esses que engordam tanto não entram na dieta?
Querem tirar mais do prato de um povo que já vive de regime permanente.
Enquanto eles continuam comendo o filé.
