A terceirização de serviços e servidores das escolas estaduais é a polêmica da vez na Paraíba.
E ela serve para identificar, com precisão de raio-x, o poço de contradições da nossa política.
Bastou o assunto ser ventilado na imprensa, e a Oposição caiu de pau.
Oposição esta liderada pelo PSDB. O mesmo tucanato que em Brasília apoia e aplaude a terceirização e flexibilização nas relações de trabalho.
O PSDB lá é liberal. Aqui, o primeiro a condenar o processo. Antes até do PSOL.
Já o PSB paraibano, tido como de esquerda, desce o cacete na terceirização, estigmatiza e demoniza quem a prega, especialmente se partir do Governo Michel Temer.
Mas na Paraíba quer se livrar dos ônus trabalhistas e dos arremedos criados para botar contratados dentro do serviço público, sem concurso, nas escolas.
Nada de novo. Antes, começou essa cruzada pela Saúde com a tal ‘gestão pactuada’ da Cruz Vermelha no Hospital de Trauma de João Pessoa.
Sendo da parte de Ricardo Coutinho, nenhum socialista vê retrocesso e nem se indigna com o que ojeriza quando praticado por Temer.
O comportamento de ambos, PSB e PSDB, oposição e Governo, são exemplos clássicos do “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”.
Aqui, nas nossas terras tabajaras, isso é mais do que um adágio. É um retrato.