Mudar é sempre correr risco, mas a pior decisão é não decidir.
O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, tomou a decisão.
Decidiu correr o risco de romper com um modelo que pouca gente, por populismo, tinha coragem de assumir.
Na gestão pública, a festa não se pagava e o saldo era sempre de débitos para o erário diluídos ao longo do ano subsequente.
Ao optar pela parceria público-privada, a Prefeitura pagou para economizar. Ficou com o bônus do evento e transferiu os ônus para a iniciativa privada.
Trinta dias depois e um resultado que se mostra viável e acertado.
A estrutura de alto nível, a repercussão nacional e um público que por si só atesta o sucesso do evento.
Um saldo que supera as legítima críticas de setores do forró tradicional, obviamente em defesa própria, que marcaram o debate.
Um assunto vencido. Viu-se que a inserção de artistas extra-forró não foi uma exclusividade de Campina, mas uma tendência geral que merece ser discutida, sem preconceitos.
No próximo ano, ao invés de enfrentamento, o espaço será mais propício para o entendimento e convivência.
Outro ponto a merecer mais cuidados da empresa organizadora: a ornamentação da cidade.
Nos primeiros dias, pela correria e primeira experiência, faltou Campina se vestir, nas suas ruas principais, do colorido junino.
Detalhes importantes, mas pequenos diante do conjunto de acertos.
Tanto que a velha rivalidade e disputa entre a cidade paraibana e Caruaru (PE) acabou.
A superioridade não se discute mais. Basta medir o olhar e espaço da mídia nacional para uma e outra festa.
Em 2017, Campina Grande fez um São João ainda maior. Ponto final.