Dois dados da recente pesquisa Data Folha se encaixam.
Segundo o instituto, 40% da população diz confiar muito nas Forças Armadas.
Essa opinião ecoa mais entre os homens (49%) do que entre as mulheres (31%), entre os mais ricos (47%).
Detalhe: é a convicção de 58% dos eleitores do deputado Jair Bolsonaro.
E qual é a relação de uma coisa com outra?
O parlamentar é o segundo colocado em todos os cenários idealizados pelo Data Folha.
Ele ostenta uma média de 15 a 16% da preferência do eleitorado brasileiro.
A alta confiança no Exército coincide com o discurso do deputado em defesa da seriedade da instituição.
Bolsonaro já homenageou, sem qualquer cerimônia, um oficial considerado torturador na ditadura militar.
Jair também manifestou o desejo de que, em sendo eleito, metade de seu ministério será composto por militares de carreira.
O recurso da intervenção militar começou a ser levantado pelo Brasil afora nas manifestações contra Dilma e contra a corrupção. Uma tese da simpatia do deputado.
Bolsonaro surfa na onda deste segmento da sociedade. Diz o que as pessoas simpáticas ao militarismo gostam de ouvir. E vem se dando bem.
É o que os números mostram. Forças Armadas em primeiro lugar entre as instituições. E ele, Jair, em segundo entre os políticos.
Uma mistura explosiva.