Pela sua formação jurídica e capacidade de lidar com diferentes pensamentos, na longa experiência legislativa, Michel Temer chegou ao governo impressionando pela sua postura de estadista.
Sem críticas ao antecessores e olhando para o horizonte dos desafios, das reformas e dos ajustes da bandalheira que herdou para gerir.
Sucedeu um governo que caiu atirando para todo lado e transferindo para outrem suas próprias mazelas, erros e pecados.
Bastou virar alvo do Judiciário, a quem reiteradamente manifestou respeito, que o presidente Michel Temer saiu do script.
Tão logo entrou na mira da Lava Jato e do procurador Rodrigo Janot, todo o apoio do peemedebista às investigações viraram fumaça e pó do passado.
Ontem, em seu pronunciamento à Nação, Michel Temer bebeu na fonte do PT e repetiu o velho mantra verbalizado, em tom maior, por Lula e Dilma.
A postura republicana caiu por terra.
O ataque e a desqualificação das instituições virou regra no Planalto quando pouco ou nada se tem para rebater acusações em matéria de argumentos nos autos.
Recorre-se a mesma cantilena do confronto, tratando investigação e denúncia como ‘perseguição’ e ‘golpe’.
Discurso batido até a última tecla por Lula e por todos aqueles que se acham acossados pelo MPF.
Dessa vez é Temer. Ontem foi Dilma.
Um está cada vez mais parecido com a outra.