Mais ou cedo ou mais tarde o vice-prefeito de João Pessoa, ex-deputado Manoel Júnior, viraria alvo do procurador Rodrigo Janot.
Janot já havia ensaiado, antes, que mirava no grupo que circundou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
Pelo trânsito nos bastidores, Manoel Júnior, como se sabe, estava entre estes parlamentares.
A citação, portanto, do nome do vice-prefeito em documentos que embasam a denúncia da PGR contra Temer não chega a surpreender.
Inevitavelmente, o vice-prefeito vai precisar enfrentar o desgaste da sua citação.
Adversários vão usar ao máximo em desfavor do peemedebista para atingir, por tabela, o prefeito Luciano Cartaxo, cuja ligação atual é óbvia.
E Manoel Júnior precisa agir com a serenidade que a circunstância impõe.
Responder a citação, ou acusação, do procurador com argumentos em contrário. Não com mau humor ou intimidação com quem noticia o fato.
Compreendendo, com senso político, que a pedrada de Janot é direcionada a Michel Temer, mas os seus estilhaços pegam inevitavelmente setores proeminentes do PMDB.
Um clube seleto que Manoel Júnior – pela sua habilidade e prestígio – já frequentou em Brasília.