Se tem alguma coisa que a articulação política do Governo precisa cuidar é a política de relacionamentos.
Todos sabem que a diplomacia com os adversários partidários não é o forte da gestão estadual.
Falo, especificamente, da dificuldade de relacionamento com os próprios aliados.
Pela Paraíba afora são muitos os relatos de desatenções e de pouca reciprocidade no atendimento a demandas institucionais de prefeitos e deputados da base, por exemplo.
São muitas as queixas contra secretários. Gente que se acha tão importante quanto Ricardo Coutinho.
Agente políticos alinhados com o Governo tomam homéricas doses de chá de cadeira quando procuram auxiliares do governador para resolver pendências e encontrar saídas para problemas em seus municípios.
Muitos destes evitam o stress e nem se arriscam a perder mais tempo.
Jogam a toalha. Quando têm a oportunidade tratam direto com o governador.
Esse problema tem dois efeitos ruins. O primeiro é administrativo, com o ônus de perdas de parcerias e soluções governamentais.
A segunda é política. Em algum momento, isso se volta contra o líder, desgasta relações e cria abismos para projetos futuros.
Afinal, todo mundo tem um limite para o destrato.
Secretário e auxiliares precisam ser lembrados de que são funcionários públicos.
Não são obrigados a se comportar como doces de coco, mas não custa o mínimo de civilidade e respeito. Pelo menos, com aqueles que ajudaram a lhe empregar.
Mas tem gente que acha que mantém seu contracheque ou mostra eficiência se aproximando ao máximo do temperamento do chefe.
Uma pedagogia equivocada. Ricardo só tem um.