O voto fulminante do relator Herman Benjamin constrangeu ministros divergentes e os aliados do Governo Temer.
Mas, se prestou, também, para desmantelar de vez o que restou de discurso à Dilma e ao PT, que ainda juravam inocência.
Com riqueza de detalhes, Herman foi microscópio ao expor toda a sujeira que a chapa PT/PMDB se meteu para ganhar a turbulenta eleição de 2014. A qualquer preço.
E a conta foi alta. Custou um propinoduto da Petrobrás irrigando a campanha e contas secretas no exterior para bancar a mega estrutura.
O caixa-dois rolou solto. Dinheiro para campanhas de aliados Brasil afora não foi problema. Quase tudo quitado involuntariamente pelo contribuinte brasileiro.
O relatório de Herman mostrou como PT e PMDB, que hoje se digladiam, eram tão cúmplices nas estratégias de porão para se manterem no poder.
O voto revelou um sistema que nem de longe foi prerrogativa exclusiva da chapa Dilma/Temer. O modelo é copiado por praticamente todas as grandes campanhas.
Mas a chapa PT/PMDB se superou. As provas levantadas pelo relator desnudaram os dois. A presidente que caiu e o presidente que se arrasta. Filhos da mesma barriga, a corrupção administrativa e eleitoral.