Até a bela, recatada e do lar primeira-dama, Marcela, sabe que o marido e presidente Michel Temer perdeu as condições de governar.
Brasília se debate apenas para encontrar um nome capaz de promover o mínimo consenso na base governista e ainda a conformação da oposição.
Mas não pode ser qualquer nome. E nem muito menos uma opção que agrade tão e somente à classe política, ciosa para ter um dos seus distribuindo e regateando espaços no Planalto.
O segundo governo provisório, em um ano, precisar no mínimo ser diferente do que caiu e do que está prestes a ruir.
Não pode ser um presidente absolutamente comprometido em lotear a Esplanada de investigados, gente querendo proteção e figurões sedentos por benesses.
O Congresso precisa, de uma vez por todas, compreender e dá o braço a torcer: esse modelo esgotou.
É incompreensível a surdez aos gritos das ruas e a cegueira diante do que representa o saldo da Lava Jato. Enquanto se opera o auge das investigações, líderes políticos conspiram, tramam, corrompem e conspiram.
Não dá pra cavar mais nenhum centímetro deste fundo de poço.