Representado por estratégicos secretários em entrevista coletiva, o Governo do Estado não conseguiu unificar um discurso para rebater a oposição na denúncia da lista dos servidores codificados.
Os dias e horas seguintes ao efeito da divulgação da lista não foram suficientes para a combinação de uma só versão ou pelo menos uma linha de raciocínio convincente e irrefutável.
O secretário Waldson Souza, das Finanças, deu uma sentença: não existem codificados no Estado.
Meio metro de distância, na mesma mesa, a secretária de Saúde, Cláudia Veras, informou: só na sua pasta estão abrigados 8 mil codificados.
Sim. Codificados, este foi o termo usado pela própria Cláudia.
Ela, porém, fez uma correção: juntos, eles receberam R$ 15 milhões. E não R$ 23 milhões, como reverberado pela oposição.
Noutro momento, o procurador Gilberto Carneiro informou aos repórteres que o número de codificados, ou prestadores de serviço, vem sendo reduzido pelo atual Governo.
Os três só falaram a mesma língua num ponto: a lista divulgada pelo Sindfisco é ‘adulterada’, na concepção governamental.
Para colocar um ponto final no assunto e mostrar total transparência, esqueceram de apresentar a tal lista oficial. Ou a que o Governo admite como sendo a verdadeira.
O que, de todo jeito, permite a lógica conclusão: se tem lista, seja lá uma ou outra, tem codificados.