Ante à estupefação, não há um só brasileiro que deixe de se perguntar neste momento: para onde iremos? O que nos aguarda? Quem ainda temos para depositar nossas esperanças?
O Brasil, de fato, vive um momento de desalento e descrença com os líderes nacionais e representantes políticos. De A à Z, praticamente todos entraram nas águas turvas da corrupção, do dinheiro ilegal e dos malfeitos.
Esse quadro é extremamente perigoso porque abre uma vala para as aventuras, das mais singelas às mais inflamáveis. Cria-se um ambiente em que o radicalismo ganha corpo e a razão vai ficando cada vez mais emparedada com pouco a argumentar.
Felizmente, no meio de todo esse turbilhão a democracia está consolidada, a imprensa continua livre e as instituições estão funcionando e não há nenhum sinal de soluções ou caminhos fora do que determina a Constituição.
E isso faz toda a diferença num mundo que vem assistindo quedas de governo e implantações de regimes absolutistas, distantes das Leis e do bom senso que rege o espírito democrático.
O dilema brasileiro é estar há cerca de um ano e meio das eleições e não achar nenhuma liderança com credibilidade se levantar ou devolver ao País lampejos de esperança. Mais duro é chegar à aterradora constatação de que praticamente todos os partidos foram envolvidos no mar de lama.
Testemunhando o Brasil ser roubado e saqueado numa proporção descomunal, chegamos a este 21 de maio de 2017 gritando e perguntando ao vento: quem poderá nos defender de tanta dilapidação? E nem ouvimos ao longe sequer um Chapolin responder.