De tão feia, a coisa na política brasileira extrapolou os limites da tolerância e do aceitável e rompeu a linha da ficção, causando inveja as mentes mais criativas.
De personagem principal, em 2014, da crítica dos escândalos de corrupção no Governo do PT, o senador Aécio Neves virou nas últimas horas o protagonista de um enredo de cinismo e desfaçatez.
De tão competente, chegou a enganar metade do gigante eleitorado brasileiro como solução para acabar a bandalheira na máquina pública brasileira. Agora se vê que, tivesse sido eleito, a lama também estaria na cintura da República.
Fora do palco, o verdadeiro Aécio entrou em cena prospectando ou aceitando recursos ilícitos para patrocinar sua defesa na Lava Jato (quanta ironia) e tramando contra a operação com linguagem de corar os mais baixos meretrícios.
Pego em flagrante, a justificativa chega a ser cômica, não fosse trágica. Por tudo que está posto, botar fé na versão do senador mineiro é também admitir a existência de duendes e outras fantasias mais. Era uma vez Aécio de Neves…