O tsunami que abate o presidente Michel Temer e o até então maior líder do PSDB, Aécio Neves, joga por terra muitos mantras intensamente invocados pelo fundamentalismo político que se instalou no Brasil.
Dizia-se que a Lava Jato era seletiva.
Que juízes e procuradores estavam a serviço do PSDB.
Que tudo era uma conspiração para fazer o PMDB ascender.
Que gravação era coisa ilegal e não servia de prova.
Que vazamento pela imprensa era algo direcionado.
Que a mídia era ‘golpista’.
E que afastar presidente ou acusados por delação era afronta ao Estado de Direito.
Agora, com Temer melancolicamente prestes a cair e Aécio afastado, tudo por conta de uma delação, de uma gravação, de um vazamento pela imprensa, esse lenga-lenga é sepultado.
No cemitério da verdade. Que demora, mas aparece.