A imprensa brasileira, no geral, tem sido duramente criticada pelos setores que caíram do governo, ano passado.
Com muito mais acertos do que erro, agora se vê, mais do que nunca, o relevante papel do jornalismo brasileiro em tempos de Lava Jato.
Foi por uma notícia postada por um blogueiro que o Brasil tomou conhecimento, antes da divulgação pela Justiça, antes da autorização, da delação premiada da JBS.
Uma informação que desmoronou o presidente. E foi intensamente repercutida, usada como plataforma, por aqueles quem dia foram defenestrados acusando a imprensa de golpe.
Não há que se esperar nenhum reconhecimento de quem está posicionado de forma fundamentalista neste debate.
Quem tem bom senso consegue enxergar além das militâncias cegas e apaixonadas de lado à lado.
O que seria do Brasil – nesse período conturbado – sem uma imprensa livre?
Estaríamos condenados a só saber o que os poderosos da vez permitissem.
Felizmente, apesar dos pesares, estamos num país em que a imprensa pode divulgar tudo. E de todos lados.
Independente do partido. Independente de quem está temporariamente no poder.
Eles passam. A democracia fica.