Chega a ser comovente a obstinação de militantes petistas em solidariedade ao seu líder maior, o ex-presidente Lula da Silva.
O bravo exército se prepara para lançar comitivas de todo o Brasil para Curitiba, a República onde figurões repousam presos e o ex-metalúrgico será interrogado pelo juiz Sérgio Moro.
Com o ato, o PT pretende pressionar e constranger o magistrado, por um lado, e, por outro, transformar o depoimento em um ato político-eleitoral.
E não é coisa só de gente de pouca instrução, levada por MST, ou patrocinada por sindicatos historicamente ligados ao partido.
Integrarão o movimento lideranças da legenda, deputados, senadores e muitos intelectuais da chamada esquerda brasileira.
O pessoal que um dia, no passado, andou com Lula na Caravana da Cidadania, pregando a esperança por um País decente e uma justiça independente.
Hoje, no presente, pega a estrada para a dura e inglória tarefa de pelo grito evitar que aquele em quem já esteve depositada toda sua esperança vire um ‘réu’.
Para estes, no caminho ou nas portas da Justiça Federal do Paraná, um sentimento dificilmente conseguirá ser estancado.
Basta fechar os olhos por alguns segundos que virá a lembrança e baterá a saudade do tempo em que se puxava caravana para mudar o Brasil.
Ao abri-los, estarão diante de uma realidade jamais imaginada. Anestesiada, a caravana nem perceberá que o Brasil mudou mesmo. Só que seu líder também.
