Polêmicas à parte, o prefeito Romero Rodrigues (PSDB) está sendo corajoso desde quando decidiu romper o modelo vigente há décadas do São João de Campina Grande.
Compartilhar a gestão da festa com a iniciativa privada, sem temer críticas, é, no mínimo, uma atitude ousada, porque mexe num vespeiro de comodismo e excessos de interferências e pressões.
Para tomar essa decisão, Romero precisou peitar gente dentro de sua própria estrutura política, além de artistas que – pelos ajeitados locais – se achavam donos de cadeira vitalícia no Parque do Povo.
Do ponto de vista das atrações, a programação contempla os sucessos do momento e garante massa.
A Prefeitura tentou mesclar com artistas da tradição do forró nordestino, vide Flávio José, Elba Ramalho, entre outros, embora estes aparentem ser minoria diante das estrelas sertanejas e pops, feito Luan Santana e Bruno e Marrone.
Uma coisa é certa. Um evento da dimensão econômica e da importância no calendário brasileiro precisa, deve se profissionalizar e ficar longe dos vícios. E o mais importante: se pagar sem prejuízos ao cofre público.
Sem perder a identidade cultural, de preferência.
Romero está tendo a altivez para enfrentar esse desafio. Sem medo de contrariar.