Por muito menos, o presidente Michel Temer, dona Candinha, afastou quatro ministros, ano passado.
Agora, o herdeiro do espólio do PT hesita em mandar para o banco de reserva nove dos seus auxiliares, formalmente investigados pela Justiça, após a canetada do ministro Edson Fachin.
Se agisse pelo bom senso – atributo necessário a qualquer governantes (ainda mais em tempos de crise) – Temer se livrava de todos.
Mas, não. Em entrevista recente, afirmou que não tirará nenhum deles.
Discurso totalmente oposto ao que prometeu em fevereiro deste ano, quando solenemente anunciou que afastaria – provisoriamente – todo e qualquer ministro denunciado pela Lava Jato. E demitiria em definitivo quem se tornasse réu.
Um mês depois, o presidente diz que os seus ministros investigados só devem sair, espontâneamente, se sentirem “desconfortáveis”.
Quem deve se sentir desconfortável é o Governo, cara pálida. Porque o País se sente mesmo é enojado.