Tomo por empréstimo o comentário do jornalista Paulo Henrique Amorim, em seu blog Conversada Afiada. Não é certa a relação de um líder com a responsabilidade histórica de Lula com a construtora Odebrecht.
E quando um Paulo Henrique – que tantas e penhoradas vezes defendeu Lula – chega a esta conclusão é porque “deu no osso”. Nada resta de argumento pra ignorar tantas provas de que Lula se desviou e muito do que prega.
Não é razoável que tudo e todos estejam numa grande orquestração para pegar Lula.
Os Odebrecht e os Silva desfrutaram de longa convivência íntima. Mais do que uma relação familiar. De negócios, como agora se sabe.
Um comportamento inadequado para quem se diz acima dos demais mortais da política. Para quem se auto-intitula “a alma mais honesta”.
E não vale usar a inclusão de Fernando Henrique Cardoso, a quem Lula sempre insinuou corrupção, como atenuante.
Nem adianta apontar o dedo para Fernando Collor, impichado no passado pelas mãos do povo e do discurso moralista do PT e de Lula. Quanta ironia…
Pouca serventia tem lembrar José Sarney, aquele que Lula passou a vida chamando de grileiro e picareta e mais tarde virou indispensável e bem contemplado aliado.
Nenhum deles devia ter se desviado.
Mas Lula – mais do que todos – não podia, como lamentou Paulo Henrique Amorim, um dos últimos a se render a realidade que hoje revela um Lula bem diferente do que o Brasil confiou e elegeu.