Até os copos da sede do PMDB, na avenida Beira Rio, sabem que o “lançamento” da candidatura do senador José Maranhão ao Governo foi pró-forma.
Uma maneira encontrada para o partido – dividido em duas bandas – adotar um discurso uníssono por questão de sobrevivência.
Mesmo assim, a tese confronta com a perspectiva real da legenda vir assumir o comando da Prefeitura de João Pessoa, caminho pavimentado quando em 2016 rompeu com o Governo para indicar o vice na chapa do prefeito Luciano Cartaxo.
Apesar do balão de ensaio, a candidatura de Maranhão mela esse entendimento e deixa Manoel numa saia justa.
Tem gente no PMDB que leva mais a sério que Maranhão a possibilidade dele voltar a ser governador pela quarta vez. Principalmente os de pouca visão crítica que o cercam.
Assim, qual segurança Luciano tem de pensar em se afastar se hoje, um ano antes da desincompatibilização, já é ensaiado um rompimento do PMDB para 2018?
Quanto mais pensa no Governo, mais o partido se distancia da Prefeitura. E faz da renúncia de Manoel Júnior um péssimo negócio.