Oito meses após a transição liderada pelo bispo Dom Genival Saraiva, o Vaticano vira uma página conturbada da Igreja Católica na Paraíba.
Com Dom Manoel Delson, ex-bispo de Campina Grande, a expectativa é da moderação necessária para a recuperação da imagem arranhada com o tenso processo de renúncia de Dom Aldo Pagotto, polêmico do começo ao fim de sua passagem por aqui.
Delson chega à missão invocando para si o papel de “servo”, parafraseando a missão de Jesus Cristo, o Rei que veio para servir aos seus e não para ser servido.
É a inclinação para a missão de aproximação maior do Clero com as comunidades, base responsável pela sua resignação e resistência, mesmo em meio a escândalos e frustrações.
O novo arcebispo conhece bem o terreno em que vai pisar. Tanto que, na sua carta publicada hoje, externa o compromisso em apascentar uma Igreja rachada pelas disputas internas e divergências ideológicas.
É a hora de um bom pastor para juntar o rebanho e trazer para um só altar todas as ovelhas. Inclusive as desgarradas.