Dizem que o ano só começa mesmo aqui no Brasil em março. E não deixa de ser verdade. Até o fim de fevereiro, o País vive uma letargia materializada com toda a força para a política e os Poderes.
O Parlamento pouco produz e entra no ritmo da folia, esticando os prazos de recesso além do que o bom senso permite.
A massa anestesiada, cai na fantasia e também se dispersa da realidade. Esquece por uns tempos dos graves e crônicos problemas sociais e troca os protestos pelas marchinhas e hits da época.
Passado efeito da embriaguez geral, vem a realidade das necessidades de um tempo de turbulência e conturbação social. Confetes e serpentina que sobraram são esquecidos pelos esparadrapos e asfalto que faltam.
Na Paraíba, a volta do carnaval vem com o enredo da privatização da Cagepa. Nos bastidores da Avenida Principal, partidos se movimentam já de olho no calendário eleitoral e muitas máscaras devem cair.
Março chega com as águas da Transposição prestes a rolar debaixo da ponte. Com elas, a urgência de um debate menos raso do abastecimento, mas também do uso para o desenvolvimento econômico.
Se o ano começa agora, corramos atrás do prejuízo. Por que dos trios todo mundo já correu.