A briga de Efraim e Aguinaldo pela chapa é "problema bom" para João, mas até quando? – Heron Cid
Opinião

A briga de Efraim e Aguinaldo pela chapa é “problema bom” para João, mas até quando?

9 de março de 2022 às 14h11

Qualquer candidato gostaria de ter duas fortes lideranças brigando por uma vaga no seu projeto. Até aqui, entre os concorrentes de 2022, isso só acontece com o governador João Azevêdo (PSB), cuja senatória é alvo de queda de braço entre os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP) e Efraim Filho (União Brasil).

Em nenhum dos arraiás das várias oposições há disputa severa. Muito ao contrário. O espaço ou está preenchido, sem concorrência, tal qual a virtual chapa do senador Veneziano Vital (MDB).Ou ainda aberto aguardando os interessados, como nos ‘comitês’ de Nilvan Ferreira (PTB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e Lígia Feliciano (PDT).

Em alguns casos, espera-se, literalmente, o que vai sobrar da briga no território palaciano para aparecer pretendente, fechar a conta e definir o companheiro de chapa.

Esse contexto não é elemento decisivo para o resultado final da eleição. O processo, como se sabe, é dinâmico. Mas é um diagnóstico que baliza a cotação da perspectiva de poder, elemento relevante no jogo. Afinal, ninguém briga para estar ao lado de cachorro morto. No tabuleiro profissional da política, é o óbvio.

A condição privilegiada faz Azevêdo cozinhar o desfecho em fogo brando. Desde 2021, quando o debate foi fragorosamente antecipado, ganha-se tempo para amainar as presumidas reações, embora no núcleo cerebral do governo já defenda-se a emergencial antecipação da batida no martelo.

Porque, se esticar demais, o “problema bom” pode virar coisa ruim.

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