A vitória de Harrison Targino na OAB: a soma de coletivo e mérito individual – Heron Cid
Opinião

A vitória de Harrison Targino na OAB: a soma de coletivo e mérito individual

18 de novembro de 2021 às 19h37
Harrison Targino, o eleito, e Paulo Maia, o cabo eleitoral decisivo

Uma vitória não se explica e nem se conquista por questões isoladas. A do advogado Harrison Targino, na presidência da OAB, é daqueles resultados da soma de apoios e perfil do candidato.

A performance já vinha desenhada, como este Blog, por várias vezes, prenunciou, sem medo de errar. Deu, portanto, o esperado e decantado por aqui.

Se a gestão de Paulo Maia – mesmo com as baixas da dissidência de Maria Cristina e aliados –  emprestou decisiva colaboração de cabo eleitoral, a performance do eleito não fez por menos.

Como candidato, Harrison não errou no processo. Comportou-se de forma exemplar. Foi sereno quando a diplomacia exigia, contundente quando ferido na sua honra.

Soube ser um candidato de continuidade sem ser um mero continuísta. Defendeu o legado da gestão, mas apontou para frente e para os novos desafios.

Pela história própria, não podia ser considerado um postulante retirado do colete do atual presidente. E isso fez diferença. No conceito e nas atitudes.

Demarcou com precisão o limite entre aliado e protagonista da própria caminhada. Posturas e passos que lhe conferiram credibilidade como diferencial estratégico entre discurso e prática.

Essas características foram captadas pela advocacia na hora da decisão final de uma disputa renhida, que teve de tudo um pouco. Teve, inclusive, o que a OAB, pela sua natureza e relevância, deve repensar e superar.

Da parte do presidente eleito, a superação começou instantes depois do fechamento das urnas. Num gesto elevado, Targino convidou os vencidos ao diálogo “para fortificar a OAB”.

Um bom início antes mesmo do começo.

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