O movimento de Efraim e Adriano, bastidores, efeitos e consequências – Heron Cid
Opinião

O movimento de Efraim e Adriano, bastidores, efeitos e consequências

23 de agosto de 2021 às 12h10
Murilo Galdino, Efraim Morais, Adriano Galdino e Efraim Filho

Desde quando o Blog publicizou, ontem, o iminente anúncio de apoio do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), à pré-candidatura ao Senado do deputado federal Efraim Filho (DEM), o movimento foi intenso nos bastidores.

Na verdade, a costura já vinha sendo feita e avançou na última semana. Ficou explícita e os burburinhos passaram a vazar durante a visita do governador João Azevêdo (Cidadania) aos municípios da Serra do Teixeira e Vale do Piancó.

Ao autor do Blog, Adriano confirmou a tendência com a condicionante do que sempre fez questão de expor publicamente: o apoio passa pela reciprocidade ao projeto de eleger o jovem e ascendente Murilo Galdino à Câmara Federal.

Galdino dialogou com Efraim e Aguinaldo. Do primeiro obteve a garantia que não ouviu do segundo. O único gesto político que faltava o deputado do DEM entregou: a palavra de um grupo de prefeitos da base de Efraim de apoio incondicional a Murilo. A senha que faltava, como o Blog registrou no sábado.

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Quando a notícia ganhou o mundo na manhã de ontem, atores se mexeram. A articulação do Palácio ainda tentou ponderar com Adriano sobre o timing e a precocidade de definição a um ano das convenções, quando os entendimentos e fortalecimento da chapa ainda estão em fase de diálogo.

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Houve o que a política chama de pressão e outros mais comedidos interpretam como contenção. O deputado Aguinaldo Ribeiro monitorou, de certa forma, os passos e ficou antenado com os fatos. A sua presença em Princesa Isabel, a primeira ao lado de João fora a capital, apressou a estratégia de Efraim para concretizar o que já estava alinhavado.

A consolidação pública do apoio, com direito a chancela e presença do senador Veneziano Vital, em fase de distanciamento do Palácio da Redenção, cria uma nova fase na pré-campanha e obriga o governo a uma reengenharia e novas reflexões. E a Aguinaldo a avaliar se mantém o compasso de cautela, uma vacina contra ansiedade e precipitações, ou se afivela os cintos de vez.

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