Galvão, Walter – Heron Cid
Crônicas

Galvão, Walter

7 de julho de 2021 às 17h38

Por obra do acaso, mas nem tão casual assim, a vida apresentou-me Walter Galvão nos corredores do curso de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba.

Ele – um doutor na imprensa paraibana – lançava seu livro “O som diz sim”. Eu, aluno e aspirante à profissão.

Foi à distância.

Anos depois, de perto. Walter era editor-geral do Correio da Paraíba. Eu, um dos colaboradores da empresa.

Vez em quando, ele aparecia no Balanço Geral, da Rádio 98 FM, programa que à época apresentava com Ruy Dantas e participações de Rubens Nóbrega e Wellington Farias.

Dessas passagens, recordo uma frase genial. Quando dizíamos no script que a atração radiofônica poderia ser ouvida no smartphone, ipad, e ipod, Galvão completava: “Ipad, ipod e aipim”.

Quando sucedi Rubens na coluna diária no Correio da Paraíba, a mais desafiadora de todas as missões para quem lutava para se estabelecer na mídia, Walter foi conselheiro e incentivador.

Deu dicas importantes sobre a produção de textos e notas diárias, sugerindo até o tempo para confecção do conteúdo. Vi uma generosidade sincera de quem – sabendo muito – compartilhava com quem começava no pouco.

Contou-me, outro dia, sobre um exemplo da evolução e profissionalização do mercado. Nos seus tempos iniciais, as empresas pagavam o salário até com vale-alimentação, a feira mesmo.

Conversar com Walter Galvão era sempre prazeroso. Uma aula de conhecimento, domínio dos assuntos e um humor inteligente. Um intelectual, um artesão do verbo, um senhor da palavra.

E com a palavra – sua matéria-prima maior – escreveu seu nome no livro dos melhores da imprensa paraibana.

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