Pela atuação na Paraíba e agora em Brasília, o promotor Octávio Paulo Neto seria um nome natural para concorrer à Procuradoria-Geral de Justiça da Paraíba. A ascensão do coordenador do paradigmático Gaeco-PB ao cargo máximo do Ministério Público seria simbólico coroamento do trabalho do Grupo e luta no combate à corrupção.
Seria. Porque Paulo Neto não tem nenhum interesse ou apetite pela função institucional que é disputada a ferro e fogo pelos seus colegas de MP na Paraíba. E disse isso ontem com todas as letras em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan FM de João Pessoa.
Questionado sobre a iminente eleição de lista tríplice, Octávio foi categórico e não demorou em responder sucintamente:
– Eu tenho a compreensão de time. Cada time tem seu zagueiro, lateral, atacante e capitão. Eu nasci para ser zagueiro. Como zagueiro vou ficar. Acho que tem pessoas no MP que tem mais qualidades. Ser procurador exige qualidades múltiplas e variadas, entre as quais, a gestão de pessoas e paciência de um santo. E eu não tenho paciência para muita coisa não.
Não mencionou quais “coisas”. E também ninguém quis perguntar. Nem precisava.
