Pujante no passado, Mamanguape vive declínio de representação própria: quem ocupará esse espaço? – Heron Cid
Bastidores

Pujante no passado, Mamanguape vive declínio de representação própria: quem ocupará esse espaço?

19 de março de 2021 às 19h20

No fim do século 19, Mamanguape era a mais próspera e rica cidade da Província da Parahyba, depois da Capital. Tanto que foi uma das poucas localidades inseridas no curto roteiro do imperador Dom Pedro II em caravana ao Nordeste, em 1.859.

A presença do imperador ilustra o valor e a importância econômica que o município já experimentou no passado.

O município ainda ostenta considerável força produtiva, em especial no agronegócio, o que não se reflete quando o assunto é política e influência no xadrez eleitoral da Paraíba.

A cidade que lidera um polo de nove municípios – uma população total superior a 120 mil habitantes –  sequer tem hoje um representante, diretamente ligado à sua história, na Assembleia Legislativa.

O último deputado de Mamanguape foi Ariano Fernandes. O espaço da cidade no parlamento estadual está vago há dez anos na Casa Epitácio Pessoa.

Um vácuo inexplicável em se tratando de um dos maiores colégios eleitorais paraibanos. O 11º para ser mais exato, com 30 mil eleitores, patrimônio que tem sido fatiada com os chamados “candidatos de fora”.

O cenário vem encorajando setores sociais de Mamanguape a tentar resgatar essa representação. A contadora Danielle Rodrigues é um nome em apreciação.

Filha da prefeita reeleita Eunice Pessoa, Danielle está com o nome no páreo e já trabalha nos bastidores.

Ela tem inserção direta e vida ativa no município. O que é um diferencial na largada. É quem, por força da conjuntura, reúne mais pontos de viabilidade política.

Mas, seja Danielle ou outra alternativa da terra, Mamanguape merece voltar a ter voz própria na Assembleia.

E merece, muito mais, desarquivar da história o tamanho que um dia já foi seu. Por direito e mérito.

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