Fogo às vestes (por Dora Kramer) – Heron Cid
Opinião

Fogo às vestes (por Dora Kramer)

12 de novembro de 2020 às 09h15 Por Heron Cid
Presidente Jair Bolsonaro - Isac Nóbrega/PR/Divulgação

Num dia particularmente alucinante, nesta terça-feira, 10, o presidente Jair Bolsonaro brigou com uma vacina, rasgou o figurino de moderado, explicitou seu uso político da pandemia, deu sinal de sentir o golpe da movimentação dos adversários rumo à uma candidatura presidencial de centro, desdenhou de seu vice e ameaçou com “pólvora” o país mais poderoso do mundo. Sem falar no habitual desprezo pela dor dos governados. Tudo isso embalado numa “cantata” de vitórias inexistentes.

Nos últimos dias, Bolsonaro tem vivido num ambiente de derrotas: o fracasso, nos EUA, de um estilo de governo que ele procura imitar e celebrar, a subida de degrau da situação do filho Flávio na escala de complicações com a Justiça e o mau desempenho dos candidatos apoiados por ele nas eleições municipais, com destaque para as capitais dos três maiores colégios eleitorais do país: São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Ao se abrigar na realidade imaginária, o presidente da República reconhece o clima adverso e mostra que está com medo.

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