Entre os males digitais, a rede do bem – Heron Cid
Opinião

Entre os males digitais, a rede do bem

17 de junho de 2019 às 11h21 Por Heron Cid

“Viver, na era digital, é muito perigoso”, diz o jornalista Fernando Gabeira na sua coluna de hoje, em O Globo. E é mesmo, que o diga Neymar, artilheiro em fase crítica depois de escândalo propagado na Internet.

Nunca a privacidade esteve tão exposta e vulnerável. Os aplicativos de conversas agravam a fragilidade. Basta um print e lá vem o pandemônio.

Mas nem só de vazamentos, fake news, ataques de robôs e injúrias vivem as redes sociais.

A Paraíba deu um bom exemplo esses dias.

Quem não ouviu falar na história de Leandro? O jovem formado em Odontologia estava vivendo em condições precárias num barraco no bairro de Mandacaru, em João Pessoa.

Depois de perder o pai, seu esteio, o rapaz perdeu também o rumo e encontrou uma depressão no caminho.

Sua vida se deteriorou até que alguém foi até ele. Com um celular na mão, abriu-se a câmera para Leandro, sentado numa rede, contar seu dilema.

Cássio Gadelha, também dentista e testemunha de quem foi o ex-contemporâneo de curso, recebeu o material e compartilhou a história para o mundo.

O drama e a hastag #TodosporLeandro comoveram, mobilizaram, engajaram.

Em questão de horas, Leandro ganhou oportunidade de emprego, casa mobilidade e uma vaquinha virtual arrecadou mais de R$ 100 mil.

O dentista está de sorriso novo na face e a corrente do bem provou que ainda dá pra acreditar no ser humano. Até nas redes, onde sobra perigo, mas não falta solidariedade.

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